Apresentação – João Américo

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(11-04-2025)Maximus Brow Escreveu: João Américo, meu caro, obrigado por compartilhar sua jornada no maravilhoso e às vezes sangrento mundo do barbear clássico!

A minha história é bem parecida: comecei com um navalhete — aquele instrumento de precisão que perdoa tantos erros quanto uma sogra nervosa num almoço de domingo. E, como você, acabei migrando pras safety razors (ou como gosto de chamar: barbeadores com misericórdia).

Agora, um detalhe curioso (e aqui vai a parte que sempre causa espanto nas rodinhas de barbudos): sou cego. Sim, meu caro, sem essa de olhar no espelho — aqui é na base do feeling, da reza forte e do tato ninja! Imagina só: o espelho aqui é interno. Eu não vejo o que estou fazendo, mas minhas mãos foram pra escola de Hogwarts e aprenderam a arte do barbear na base da feitiçaria tátil.

Mas vou te dizer, o navalhete testava minha paciência. Além de me fazer parecer um guerreiro viking após a batalha (sangue pra todo lado), o tempo pra terminar um barbear era digno de uma missa de três horas, celebrada em latim, com coral ao vivo, incenso e sermão de padre empolgado. Eu saía da experiência quase convertido e com vontade de passar a sacolinha.

Comecei também no basicão: navalhete genérico, lâmina Wilkinson, creme Bozano e um pincel que parecia mais uma escova de dentes cansada. Hoje, graças à prática, fé e alguns tutoriais no YouTube, evoluí!

Utilizo um Rockwell T2, lâminas Super Barba Black (alemãs, chiquérrimas), pincel sintético da Rockwell e meu xodó: um Gillette Old Type fabricado nos anos 1920 — restaurado pelo mestre Leo da Ruas Men’s Grooming. Esse vai durar mais que muita democracia por aí.

Fechando o ritual, uma loção de lavanda da Ruas (meu after favorito), sabão Rockwell, creme Palmindaya (cheiro de infância, lembra meu pai) e outros mimos que só quem se barbeia por prazer entende.

Seguimos por aqui, trocando histórias, cortes (espero que só de cabelo e barba) e experiências!

Um grande abraço, 
MB

Maximus, agradeço pela resposta contando também de sua experiência.

O que você comenta redefine em absoluto o que podemos falar a respeito de desenvolver técnica e habilidade tátil ao barbear  Smile

Quem sabe seus comentários possam ajudar a convencer nosso mestre Thony de que vale insistir nas tentatrivas com navalhete?

Eu já me interessei pelos Rockwell, desisti por alguns comentários de outros fóruns sobre acabamento mas acho que em algum momento posso me interessar novamente. Ter esse retorno de quem usa é um fator importante.

Sobre aquilo que, principalmente nos fóruns estrangeiros, o pessoal define como 'software' – cremes, sabões, loções etc – esse é um caminho novo para mim, que vou começar a explorar a partir de agora e para tanto contarei muito com as informações e experiências de colegas desse fórum.
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 12-04-2025 por Joao Americo.)

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RE: Apresentação – João Américo - por Joao Americo - 12-04-2025



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